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sábado, 12 de abril de 2025

Autodescoberta - Somaia Gonzaga


No espelho da alma, ela se vê,  

Um universo inteiro a florescer.  

Cada curva, cada linha, um mapa,  

De um mundo que só ela pode desvendar.


O toque suave, a brisa que dança,  

Um momento de pura confiança.  

Ela é força, é luz, é chama,  

E no silêncio, encontra quem ama.



Reouvindo minhas interpretações, dos meus amigos poetas e poetisas, tanta gente que já se foi... Tempo bom, papos saudáveis e inspiradores.

 

Por: Somaia Marguerite Gonzaga Música: Ivan Torrent - Human Legacy _Epic Powerful Uplifting Female Vocal 

Pois é – o que supunhas? 

Às vezes fico assim, bem-comportada, saia plissada, um pouco abaixo dos joelhos, e nas unhas, em vez dos tons vermelhos, uso estas cores claras, nacaradas. Às vezes fico assim: penteada, maquiada, mas – ah! – discretamente... 

Limito o rosto com brincos de madame – e brinco que inda assim há quem me ame, mesmo contida, formal, séria, reservada. E quando estou assim nem se pressente sob o verniz dos gestos controlados, meus precipícios, o espanto adolescente, com cada pôr-de-lua em madrugada, cada renovação do sol nascente, com tudo, quase tudo. E com pequenos nadas, com ínfimos detalhes comoventes. 

Então: o que pensavas, afinal? 

Às vezes passo assim dias inteiros: tailleurs de tafetá, blusas de linho – e a alma e o coração, meu companheiro, descabelados, em permanente e completo desalinho.