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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A Pessoa




Está em todos os momentos,

Em todos os lugares que eu vá.

Porque é na mente que sobrevive.


De um infinito apego,


E um 

                                                       Apelo preso na garganta.

Que 

                                                     Apetece, inebria, instiga.


A  pessoa mais que

                                                       Apaixonante.

É apenas

                         Ap

Mania de mim...



Somaia Gonzaga


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Amo-te não sei porquês

 



Amo-te porque não sei porquês,
Num quanto que só sei que não sei quanto
Amo-te no duplo do que vês
E enquanto assim não vês
amo num enquanto

Amo-te na calma e no espanto
de que não mais assim ame talvez
Amo-te de sempre e em todo canto
que exista, que existiu ou não se fez

Amo-te sem quandos, quais e quês
sem se, sem todavia e sem porquanto

Amo-te sessenta dias por mês

E em cada santo dia e dia santo
Amo-te em todos de uma só vez
E em um dia de cada vez
amo outro tanto

 

Autor: Antoniel Campos
Voz: Somaia Marguerite Gonzaga
Música: Luiza - Tom Jobim




quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Naufrágio


 

Estive em teus olhos castanhos

Ali onde brotam as lágrimas
E me vi num olhar tão bonito
Desaguando dores tão vastas

Enquanto eu

Inexoravelmente imune
Naufragado de tuas feridas castas
Não me afoguei



Du Pavani / Véio China



poesiasdoveiochina.blogspot.com.br/search?…3%A1gio


Semente Dormente

 


Escancarava portas e travas...

Bania demônios da teia...

Fomentava os pulsos...

Fervia o sangue nas veias..

Sentia o aroma das vontades brotando na pele...

E a ausência, em porções, saciava o desejo.

A falta que faltava, já não fazia mais falta...

Aprendia, que o mundo era um enorme celeiro vazio...

Colhia ventos sem muito espanto...

Foi preciso aprender a não precisar!

Ganhar forças pra carregar o grande vão...

E nele, sustentar as palavras que mamãe dizia...

"Dorme, que a fome passa!"

É assim, que a dor adormece!

 

 

 

Selê Marinho

 




quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Todo o amor que houver nesta vida

 "Eu quero a sorte de um amor tranquilo

Com sabor de fruta mordida"



Cazuza




Recusa

 


Eu me recuso

A ser vil

Carne

Apenas um pedaço de carne

Sem cérebro

Oca

Um Nada.

 

E fico a aspirar

Um bate papo

Num boteco

Num bar

Restaurante

Ao telefone

 

Na cobiça

De um olhar malicioso

Na cama

No banheiro

Sala

Cozinha

Em qualquer dia

 

Num misto de amor e paixão

Nos sonhos

E nas Ilusões

Dar-te-ei a minha mão.




Somaia - Eu, um ser...




terça-feira, 13 de outubro de 2020

Outubro

 

E outubro chegou,

trazendo consigo as benquerenças.


Mês de Nossa Senhora Aparecida,

Mês das crianças,

Mês do meu amor.

 

Período que me faz ansiosa,

A uma nova primavera

De um novo ciclo

Que me espera.

 


Somaia Gonzaga






sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Nas manhãs de setembro



Manhã de setembro poderia ser alusão a uma canção de sucesso da década de 70,  mesmo não sendo, a letra da composição muito tinha a ver com seu momento, término do inverno e início de outra estação, junto a essa transmutação de tempo estava ela com os quereres a desabrochar, assim como as flores e cores da nova estação. Tudo ia, vinha e contribuía. O astro rei estava mais quente naqueles dias, a brisa trazia um cheiro agradabilíssimo de maresia, e ela muda a saborear aquela sua renovação.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Aprazível perigo

 


E me percebo pensativa,

Paralisada com o sorriso,

Que contemplo

 na fotografia.

Em desalento pondero:

As lembranças induzem a re

                                                        caí

                                                                              das...

E o que tem?

Deixa-me sentir!

Saudade também preenche.

Já dizia Peninha 




Somaia Gonzaga





sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Marguerite


Quando te surpreendem

Com uma bela canção...


"Porque Marguerite é boa

Porque Marguerite é bela

Porque Marguerite é doce

Porque Marguerite é verdadeira

Porque Marguerite ama

E o faz uma noite inteira..."


Você deseja realmente amar...

 





 

 

 

 

 


terça-feira, 4 de agosto de 2020

Sei lá o quê



    Se devo não sei, mas se faz necessário um novo caminho, uma nova história. Não sou impulsiva e tenho o costume de pensar muito, mas tenho pressa. Será que devo correr contra o tempo? Ou continuo ignorando as horas? Ele disse que aparento ter um bom coração. Aquele elogio cercado de boas/más intenções de certa maneira me fez prestar atenção acerca daquele homem. Ao menos não só falou da minha sensualidade e minha boca, ele foi além..............................











segunda-feira, 20 de julho de 2020

Invasão consentida


E do nada
Sobressalto por golpe rabiscado,
Letras Inexatas e desarticuladas
Indo e vindo,
Violentando o silêncio,
Constrangendo meu mutismo.

Na Intensidade do tormento,
Excitada e atordoada,
Deixo-me ser invadida.

Sinto o pulsar da língua neste momento
E a minh’alma comovida.

Sem rima, sem métrica...
Assim prossigo!
Desprovida de know-how no versejar.
Apenas reverberando as palavras
(que ecoam)
Sem sentido.


Somaia Marguerite
16/06/2016

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Saudade da inspiração

Gosto das palavras
Soltas, metrificadas
Escritas , Lidas, declamadas
Emaranhadas, destrinchadas
Balbuciadas, Sussuradas
 Espraguejadas...

Palavras que voam, esquecidas pelo tempo
As que ainda estão por vir, livres no pensamento
A palavra enunciada no tenebroso silencio
Interpretadas nos quadros, nas fotografias
Expressas nos movimentos da dançarina
Lindas, mesmo pornografias ou pornofonias
Amo as palavras escarradas no dia-a-dia.

Somaia Gonzaga
Algum dia de 2016

domingo, 5 de julho de 2020

Repensando

Hora de riscar
Apagar
Virar a página

Se nao há colóquio
Pra que aguardo ?

Mais do que na hora
É urgente
Sem demora

Que o tempo nao espera!

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Uma tarde de chuva



     Era um dia como outro qualquer, chovia, o que não amenizava o clima tórrido daquela tarde. Estava irritadiça a ponto de explodir por qualquer motivo e passou a manhã, na empresa em que trabalhava, ansiando seu regresso ao lar. Que bom que cheguei, pensou, enquanto pagava ao motorista e descia do táxi. Entrou no edifício em que morava e subiu as escadas quase que correndo. Bom deparar com esse silêncio, suspirou, ao abrir a porta de seu apartamento. Entrou. Preciso de um banho, considerou e percorreu até seu quarto, atirou sua bolsa na poltrona, despiu-se do vestido azul,  bustiê e calcinha, depositando-os ali mesmo. Caminhou até ao banheiro, abriu o chuveiro, fechou os olhos e por algum tempo ficou ali imóvel apreciando a água que escorria sobre ela, aquilo lhe dava certo alívio. Apanhou o sabonete e começou a lavar-se. Suas mãos ensaboavam colo, barriga, coxas e seios que ao toque, enrijeceram.
     Foi tomada por um arrepio e um tilintar em sua cabeça. Sim. Estava no cio, ponderou.  O que era mais que natural, pois além de orgânico, há tempos não tinha uma vida sexual ativa. Desde sua separação não teve contato físico com nenhuma outra pessoa, e sua vida era resumida em trabalho, amigos e casa. Julgava os homens desprovidos de cérebro e vivia tediosos dias. Culpava-se, mas não arriscava, sentia desejo e reprimia, eclodindo apenas sozinha. Já ofegante e excitada acariciou seus mamilos e fantasiou a presença da boca, do rosto de um ser que há muito não encontrava, homem esse que talvez tenha sido sua única paixão. É, apesar de ter um conceito negativo sobre os homens, ela sabia que existiam exceções, e que aquele em questão, estava a salvo de seus errôneos julgamentos. Prosseguiu acariciando um dos mamilos, ao mesmo tempo em que descia, lentamente a outra mão até a sua vulva. A espuma do sabonete facilitava os movimentos em seu sexo e o tesão a impulsionou amparar uma de suas pernas na parede. A medida que estimulava seu clitóris, sua volúpia intensificava-se. Fantasiou aquele indivíduo diante dela, ajoelhado, passando a língua em toda a extensão de sua vagina, com movimentos suaves e ritmados. Beijando-a como quem beijava sua própria boca, encontrando seu clitóris e lambendo demoradamente, aumentando velocidade e pressão de forma progressiva. Que delícia! Sussurrou. Gemeu ensandecida, atingindo o seu primeiro orgasmo, o que não a deteve, pois ainda estava excitada. Concentrou-se mais uma vez em sua criação e o sentiu penetrando-a, sugando seus seios e sussurrando palavras desconcertantes.  E um outro grito de prazer ecoou no ambiente, mas sua sede não havia cessado e continuou a estimular seu sexo. Atingiu seu ápice ao imaginá-lo virando-a contra a parede, forçando-a empinar sua bunda para enterrar seu mastro nela. Simultaneamente segurava-a pelo quadril,  e puxava seus cabelos. Mordia, lambia sua nuca. Seus corpos bailavam num selvagem movimento de vai-e-vem. Naquele momento fingiu ouvir o homem apregoar: Puta gostosa! Vadia! Vou gozar dentro de sua boceta! Instintivamente ela gritou: Enche minha boceta de porra! E novamente gozou naquela tarde de chuva.
     Trêmula ainda, com a mão apoiada no boxe, aguardou que sua respiração e batimentos cardíacos voltassem a normalidade. Ainda sentia o pulsar em suas veias, os quereres, a tara, contudo não quis prosseguir e permaneceu ali por mais algum tempo. Já refeita, fechou o chuveiro,  apanhou sua toalha e enxugou-se. Em frente ao espelho, mirando-se, enquanto desembaraçava seus cabelos, pensou, hoje a noite ainda vou sonhar mais um pouco. No quarto procurou uma blusa, ao passo que pensou: Que fogo!  Sorriu desavergonhadamente, vestiu unicamente sua camiseta, deitou e dormiu.


Somaia Gonzaga



domingo, 10 de maio de 2020

Enclausurados


Precisamos de poesia
Um pouco de sol,
Perfume de rosa,
Das noites,
Dos dias.


Precisamos agora,
Daquele abraço afetuoso,
Dos sorrisos nos rostos,
Das crianças nas ruas,
Dos encontros para um bom papo,
Da massa,
Da corrida rotina.


Somaia Gonzaga



sexta-feira, 17 de abril de 2020

Te extraño



Tarde cinza...

Um cheiro de terra molhada,

Uma distancia inquietante...

Um tudo que conduz

a uma nostalgia dilacerante.


Somaia Gonzaga