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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Semente Dormente

 


Escancarava portas e travas...

Bania demônios da teia...

Fomentava os pulsos...

Fervia o sangue nas veias..

Sentia o aroma das vontades brotando na pele...

E a ausência, em porções, saciava o desejo.

A falta que faltava, já não fazia mais falta...

Aprendia, que o mundo era um enorme celeiro vazio...

Colhia ventos sem muito espanto...

Foi preciso aprender a não precisar!

Ganhar forças pra carregar o grande vão...

E nele, sustentar as palavras que mamãe dizia...

"Dorme, que a fome passa!"

É assim, que a dor adormece!

 

 

 

Selê Marinho

 




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