Escancarava portas e travas...
Bania demônios da teia...
Fomentava os pulsos...
Fervia o sangue nas veias..
Sentia o aroma das vontades brotando na pele...
E a ausência, em porções, saciava o desejo.
A falta que faltava, já não fazia mais falta...
Aprendia, que o mundo era um enorme celeiro vazio...
Colhia ventos sem muito espanto...
Foi preciso aprender a não precisar!
Ganhar forças pra carregar o grande vão...
E nele, sustentar as palavras que mamãe dizia...
"Dorme, que a fome passa!"
É assim, que a dor adormece!
Selê Marinho
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