Amo-te porque não sei porquês,
Num quanto que só sei que não sei quanto
Amo-te no duplo do que vês
E enquanto assim não vês
amo num enquanto
Amo-te na calma e no espanto
de que não mais assim ame talvez
Amo-te de sempre e em todo canto
que exista, que existiu ou não se fez
Amo-te sem quandos, quais e quês
sem se, sem todavia e sem porquanto
Amo-te sessenta dias por mês
E em cada santo dia e dia santo
Amo-te em todos de uma só vez
E em um dia de cada vez
amo outro tanto
Autor: Antoniel Campos
Voz: Somaia Marguerite Gonzaga
Música: Luiza - Tom Jobim
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